Brincadeiras reparacionais com kicksesses da sucata.
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Ora então o meu kicks perdeu os dentes. Será que eu consigo resolver o
problema sem comprar um novo? Parece um desafio interessante! Fui à sucata
e saquei...
Como a minha Vespa é uma PX200S, ou seja, o modelo básico sem o bagageiro traseiro, senti a necessidade de aumentar a sua capacidade de carga. Faz tempo andava tentando trazer da Itália um portapacchi anteriore nero, mas só topavam o envio para o Brasil os que tinham o item cromado. Sem saber muito bem a qualidade dos fabricantes, identifiquei basicamente quatro no mercado Europeu: original Piaggio, Cuppini, Faco e Vigano. O fato de querer o bagageiro exclusivamente na cor preta reduziu bastante as minhas escolhas, restando assim o Faco e o Vigano, apesar de intuitivamente me parecerem superiores justamente as marcas que ficaram de fora.
Eis que o Marcio Fidelis (Scooteria Paulista) me passa o contato do Martin da SIP Scootershop da Alemanha. Depois de uma intensa troca de e-mails com o vendedor, tirando dúvidas sobre medidas e custo de frete, acertei com ele um Vigano. Por conta da sobrecarga de final-de-ano da RF a entrega demorou uma eternidade, mas finalmente o meu bagageiro chegou. O instalei hoje e, já que aqui no Brasil pouca gente comenta sobre esse tipo de acessório, resolvi escrever sobre as minhas primeiras impressões. Como o único outro que tive nas mãos foi a réplica do acessório original da Motovespa do Brasil, será ele o meu ponto de comparação.
Modelo do acessório original da Motovespa do Brasil.
Modelo Vigano (Itália) com ventosas.
O modelo nacional, não sei se pelo piso irregular ou pelo risco de furto, tem a base fixada diretamente nos parafusos do porta-luvas (que atravessam o escudo). Escutei algumas críticas a esse método de fixação, pois frequentemente a furação necessita de ajuste por não casar com o apoio na parte superior do escudo. Já a grande maioria dos modelos europeus fazem uso de ventosas em conjunto com hastes laterais, como no caso deste Vigano.
Uma outra coisa que me desagrada na réplica brasileira é a mola. Além dela ser parcialmente embutida - o que dificulta qualquer tipo de manutenção -, aparenta ser um pouco fraca, não tendo força o suficiente para fazer com que a grelha encoste bem na estrutura do bagageiro. A impressão que tive ao vivo é que a grelha ficaria batendo sem parar com a vibração habitual da Vespa. No caso do Vigano o par de molas se apresentou suficientemente forte para elevar a grelha e ainda vem de fábrica com uma abraçadeira de borracha para suavizar o contato das duas partes.
Ao meu ver um ponto negativo no Vigano foi o fato de não haver qualquer revestimento nos apoios da parte superior, que ficam diretamente em contato com o friso do escudo. Acabei por forrar o local com borracha de câmara de ar, mas mesmo sem ela o encaixe nessa parte não é dos mais precisos deixando uma folga de alguns milímetros, como se pode notar na imagem abaixo.
A instalação é bastante simples demandando de ferramenta nada além de uma chave de boca de 10 mm. Deve-se apenas tomar um pouco de cuidado na hora do aperto das porcas das hastes laterais, cujas garras demasiadamente grandes parecem ter sido desenhadas para Vespas sem porta-luvas. Em caso de excesso de voltas tenho a impressão de que a lateral do porta-luvas possa ser danificada e que as lentes dos piscas dianteiros acabem trincando, pois inevitavelmente entram em contato com as garras.
Fez falta um manual com informações básicas, como por exemplo cuidados de instalação/manutenção e a capacidade máxima de carga. Resta agora saber se com o uso as diminutas soldas resistirão à fadiga e se a resistência à corrosão é satisfatória, uma vez que moro a poucas quadras no mar. Qualquer novidade publico aqui no blog.
[Foto: (1, 3-7) Leo Dueñas; (2) Jack Cavalari]
O Natal chegou no dia 17 de dezembro para a Confraria Vespa Motor Club, com o passeio noturno Natal dos Anjos em Vespa 2010, sediado na cidade de São Leopoldo - RS. Vê-se na foto o confrade Paulo "Papai Noel" Heintz acompanhado de seu Lambrechopp, muito oportunamente promovendo o Rio Grande do Sul em Vespa 2011. São prometidas para breve a descrição e mais fotos do evento no blog da CVMC, estamos aguardando.
O scooterismo do Rio está de luto. É com grande pesar que comunico o falecimento aos 59 anos de idade do mecânico e scooterista apaixonado Alzinei Corrêa, na virada de sábado para domingo, dia 12 de dezembro de 2010. Atendia na Oficina do Careca na Rua Ceará, onde profissionalmente preferia ser chamado de "MacGyver", em alusão ao astuto personagem de televisão que conseguia resolver tudo de improviso.
Ele estava numa fase muito feliz de sua vida, falando sempre de seu amor por sua nova companheira e, na companhia dela, semana retrasada sofreu um acidente de Vespa. Por um infortúnio do destino estava sem capacete, imagino eu por circular nos arredores de casa, pois ia trabalhar todos os dias usando capacete fechado. Ela sobreviveu ao acidente apenas com fraturas em uma das pernas, mas pelas informações que tive Nei sofreu traumas graves, ficando em coma até este último final-de-semana, quando se despediu de todos nós.
Que haja conforto para seus entes queridos, da minha parte fica a saudade de um amigo de tantas prozas alegres e embates acalorados. Um sujeito valente, trabalhador e habilidoso cujo legado fica em dezenas de Vespas, Lambrettas e nos corações dos que agora oram para que descanse em paz.
O blog da Confraria Rio Vespa Clube mostrou apenas dois vídeos do Passeio Vista Chinesa - Barra do último domingo dia 12 de dezembro. Coube então ao Motonetas e Afins divulgar um pouquinho mais dessa conquista da cena scooterista carioca: parece coisa pouca, mas faz tempo não se viam cinco Vespas circulando juntas pela cidade.
Primeiro os vídeos do Leo Greco, mais experiente na arte de pilotar e filmar simultaneamente. Além da vivência pregressa o rapaz tem a vantagem do CVT, que manda a embreagem para o espaço, liberando a mão esquerda de grandes obrigações.
Os vídeos abaixo são o infeliz registro de minhas primeiras tentativas de filmagem a bordo da famigerada "prata da casa". Diga-se de passagem com uma câmera comprada no dia anterior; faz anos só fotografava com uma DSLR, que não filma. Inspirado pelas façanhas de cinegrafista-scooterista do Márcio Fidelis (Scooteria Paulista) eu tentei ousar um pouco, mas nota-se claramente que há para mim um árduo caminho pela frente. Seguem algumas lições do que não fazer ao se filmar pilotando uma Vespa PX.
Lição 1: segurar a câmera com a mão direita, pois implica em filmar as aceleradas in loco.
Lição 2: insistir com a mão direita e começar a filmar entrando num cruzamento seguido de curvas fechadas.
Lição 3: se animar com a bela paisagem e querer mostrar as montanhas pelo caminho.
Lição 4: segurar a câmera de maneira pouco ortodoxa, decorrentemente seus dedos surgirão na tela como uma invasão alienígena.
O saldo do evento foi muito positivo para este jovem Vespa clube carioca. A programação de janeiro de 2011 deve contemplar distâncias maiores, quem for do Rio está convidado a rodar conosco.
Blog: http://riovespa.blogspot.com/
Contato: riovespa@hotmail.com
[Foto: Ricardo Castellões]
Prospecto da Brandy, que importou para o Brasil a Vespa PX150 Originale na segunda metade dos anos 1990. A motoneta, embora ostentasse a marca Piaggio, era de origem indiana, fabricada sob licença pela LML. Isso significa que as Originale da Brandy são irmãs das LML Star, Stella e outras variantes vendidas mundo afora até hoje.
Apesar da menor disponibilidade de peças de reposição e do motor menos potente que o das nacionais PX200 da Motovespa do Brasil, as Originale ainda hoje são procuradas especialmente pelo seu farol redondo, em sintonia com o modelo italiano. Até onde sei a operação de importação foi severamente afetada pela desvalorização do Real perante o Dólar estadunidense, provável motivo da descontinuação de suas vendas.
Uma excelente contribuição do Rodrigo Guimarães de Porto Alegre - RS, vespista que sempre que pode ajuda o autor deste blog. Fica registrado aqui o agradecimento, dentre outras coisas, pelo desenvolvimento do belo emblema da Confraria Rio Vespa Clube.
No intuito de reunir novos confrades, a Confraria Rio Vespa Clube convida a todos os vespistas do Rio para o Passeio Vista Chinesa - Barra, num trajeto muito bonito que passa por dentro da Floresta da Tijuca. Nele subiremos para a Vista Chinesa via Horto e de lá seguiremos rumo ao Alto da Boa Vista, de onde desceremos até chegarmos no Posto Beco do Alemão na Barra da Tijuca. Traga sua motoneta clássica para rodar conosco!
Data:
12/dez./2010 - domingo
Horário:
9:30h - Concentração no Baixo Gávea, em frente ao Bar BG (Pça. Santos Dumont, 126 - Gávea)
10:00h - Partida em direção à Vista Chinesa.
10:00h - Partida em direção à Vista Chinesa.
Informações:
riovespa@hotmail.com
►►► Se chover na manhã de domingo o passeio será cancelado, mas se houver apenas nublado o evento acontecerá normalmente.