[RGS em Vespa 2011] Recepção com costelão em Ivoti (05/mar)
abril 03, 2011
Eu já estava hospedado em Dois Irmãos fazia dois dias na casa do Fabio Borba, presidente da CVMC, mas finalmente a espera findou, chegou sábado, o dia oficial de abertura do RGS em Vespa 2011. A expectativa era grande em proporcionar a todos um evento inesquecível, recebendo os scooteristas num clima familiar de pura celebração. Nada mais natural então do que um típico churrasco gaúcho, no caso um costelão no Galpão Crioulo da Brigada Militar de Ivoti - fica aqui registrado o agradecimento aos brigadianos que gentilmente nos cederam o espaço.
Já cedo dois grupos de confrades foram rumo ao norte e ao sul para encontrar os comboios que chegavam pela estrada. Logo depois do almoço fui com o Fabio e seu primo Daniel para Ivoti ajudar nos preparativos do costelão, com previsão de ser servido após as 22:00 horas. A fumaceira da lenha do churrasco não dava trégua com o vento sempre apontando na nossa direção e, para ajudar em alguma coisa além do apoio moral, me voluntariei para descascar alguns quilos de cebola juntamente com o Daniel (é possível notar a expressão de satisfação dos dois com a lacrimejante situação).
Enfim a noite caiu e a festa começou, a cada grupo que chegava todos vibravam, com direito a buzinaço e aplausos. Foram assim chegando o grande número de gaúchos da região, o grupo do sul com os castelhanos da Argentina e Uruguai e o do norte com os amigos já conhecidos paranaenses e catarinenses. Não houve um padrão para os que pegaram estrada, algumas motonetas vieram rodando e outras em reboque, mas nos dois dias seguintes, entre uma quebra e outra, todas desbravaram ruas e estradas das colônias alemã e italiana.
O estacionamento já estava praticamente lotado quando Kiko chegou ao lado de sua esposa dirigindo a Kombi da CVMC, futuro carro de apoio e de divulgação, cujo estofamento foi feito por eles próprios com exímio capricho. No dia anterior fui recebido em sua casa durante este trabalho, onde desfrutei com eles de algumas delícias locais, dentre elas o mate de leite. Sabia que era uma questão de honra para o casal apresentar a VW pronta na abertura do evento, imagino que a noite anterior deve ter sido longa em Lomba Grande, mas valeu o esforço, foi um sucesso!
Os clubes estrangeiros trouxeram e expuseram suas bandeiras e faixas, foram representados por um total de 11 pessoas, todas elas hospedadas nas casas dos confrades. Vale citar a participação de: Vespistas del Plata, Los Antiguos Vespa Club e Vespa Club Córdoba. Uma experiência emocionante receber essas pessoas, um sentimento que só reforça em mim a vontade de pegar a estrada e reencontra-los em Buenos Aires em novembro deste ano. Fica também aqui registrado o meu sincero agradecimento ao Fabio Borba por ter me recebido tão bem junto com sua família por uma semana que jamais esquecerei.
Dentre os brasileiros, em termos de motonetas, predominaram mesmo os dois grandes sucessos nacionais: as Vespas PX200 e as Lambrettas Li. Já entre os de fora a variedade foi maior, com um trio impressionantemente bem restaurado de Vespas 150 1962 (modelo italiano posterior ao das nossas M4), Vespa Sprint, Vespa Sprint Veloce, LML Star Deluxe e uma variedade de Vespas PX com e sem freio a disco, inclusive uma 125 cc que sofreu um bocado com a nossa gasolina.
As boas vindas foram anunciadas em dois idiomas, onde a parte em Espanhol (ou Castellano) coube a mim. Houve uma certa comoção em aplausos logo que comecei a falar, acho que foi neste momento que a ficha caiu que tornamos possível em solo brasileiro um encontro internacional de estradas de Vespas e Lambrettas. A partir daí meus humildes serviços de intérprete foram solicitados no apelo da fome aguda dos uruguaios - que chegaram horas antes do previsto - e costelão não tem como apressar. No momento em que o churrasqueiro deu o sinal verde, todos a postos de pratos nas mãos, o sorriso voltou até ao mais sisudo dos semblantes.
Consumida até o último naco, a costela satisfez o corpo e a grata convivência nutriu a alma dos scooteristas. Como em Curitiba, todos os inscritos foram convidados a expressarem-se ao microfone. Quando eram apresentados recebiam um troféu de participação, cultura importada dos eventos motociclísticos que caiu imediatamente no gosto de todos. Abaixo uma foto minha com Rodrigo Guimarães, que criou toda a parte gráfica do evento e é o autor do emblema da Confraria Rio Vespa Clube, a qual representei com muito orgulho.
Para encerrar a jornada cada um deixou a sua assinatura no quadro "Los Piaggios" e seguiu para seu local de descanso. O dia seguinte prometia demais, vários de nós mal conseguiram dormir até a manhã de domingo, dia da colônia alemã, passando por Gramado e Canela.
[Foto: Fernando Becker, Leonardo Dueñas, Rafaela Pimentel e Rodrigo Guimarães]
4 comentários
Boa Leo. Bela festa, organização e muita fumaça, seja das motonetas quanto do churras. Parabéns a todos que estiveram presentes e aos organizadores!
ResponderExcluirAbraços
Anderson
Leo, obrigado pelo prestigio, em descrever este evento super magnifico que participaste, todas suas palavras e fotos me deixaram emocionado e com saudades das pessoas e suas vespas, lambrettas.
ResponderExcluirValeu!!!!!
Sem palavras!!!!
Abs!
Parabens atodos os participantes e á organisaçao
ResponderExcluirforça Amigos nao parem pois nao á nada melhor que rolar o som de uma Vespa.
Parabens atodos os participantes e á organisaçao
ResponderExcluirforça Amigos nao parem pois nao á nada melhor que rolar o som de uma Vespa.