COOT, proud moving minds!
maio 16, 2013
Sou admirador confesso de empreendedores brasileiros, pois fazer acontecer e ainda viver do próprio negócio por aqui é desafiador, se não heroico. Numa ida a São Paulo para estar numa scooterfest da Scooteria Paulista, conheci o simpático casal Ane e Bruno, que divulgava a sua criação: a Coot. O que me mostraram era algo diferente da mesmice industrial do motociclismo, com um design que certamente harmoniza com as motonetas clássicas. Comprei a ideia na hora, trocando contatos e promessas de que meu próximo capacete seria fruto dessa iniciativa fantástica.
A concretização do que eu sempre quis usar na cabeça conduzindo minhas máquinas veteranas resulta do fato de que a Ane e o Bruno são
scooteristas, revezando-se democraticamente ao guidão de sua Vespa PX200. Eles pensaram com carinho nos detalhes com espírito de usuários exigentes: pintura feita em aerografia artesanal com tinta importada, forração em tecido Dry Fit e uma borda bem emborrachada que preserva o capacete no uso diário. São três modelos com inspiração nalguns ritmos em sintonia com o mais refinado amante do 2T - Ska, Acid Jazz e Blue Beat -, Coot é cool e homologado pelo Inmetro.
A Ane veio fazer as fotos para o site da marca no Rio, para as quais minha Lambretta Cynthia estreou como modelo no Arpoador - os únicos registros dela com um retrovisor. Adorei usar os capacetes durante o ensaio, mas sonhava com um modelo sem viseira, para eu pôr em uso os meus goggles que faz anos estavam na gaveta. Ela voltou para São Paulo com a promessa de desenvolver um Coot ainda mais retrô, um casco liso novinho.
Sinal verde da nova opção em linha, fiz questão de aproveitar a oportunidade do acabamento poder ser personalizado. Pensamos em conjunto numa dúzia de grafismos, sempre com a Itália em mente, que resultou no meu exclusivo (e espero nunca reproduzido) Acid Jazz "Azzurra" do topo da postagem. A presilha traseira ajustou-se perfeitamente na cinta do goggle, um detalhe muito importante para quem não quer ver seus óculos voando para um passeio no asfalto.
Posso afirmar que há um prazer especial em se usar algo idealizado por scooteristas para scooteristas, ainda mais com a nossa alma, pois é 100% concebido e construído no Brasil. A proposta de se expressar no capacete a individualidade da cabeça que está do lado de dentro me cativou e espero que se espalhe por nossas ruas e estradas. Uma inspiração e tanto, que os Coots carreguem muito boas ideias por aí.
[Imagens: (1 e 7) Leo Dueñas; (2-6) divulgação Coot]
5 comentários
obrigada pela divulgação Leo. Que a gente continue a fazer muita fumaça do bem por aí. :-)
ResponderExcluirExcelente aspecto ! Gostei especialmente do desenho simples do azul squadra azurra, com as cores da bandeira italiana em moldura.
ResponderExcluirVasco
Eles são lindos, pena que na prática sejam necessários os adesivos reflexivos obrigatórios. Será que alguém não vai inventar uma tinta, em qualquer cor, que à noite seja retro-reflexiva (não luminescente, que já existe mas é fraquinha)?
ResponderExcluirOlá! Estou procurando e não acho onde comprar o capacete. Tem um site novo?
ResponderExcluirOlá Bianca Alves de Lima. Desculpe a resposta tardia. A Coot não está mais em atividade no Brasil. Mudamos para Portugal, mas por enquanto ainda não começamos a produção. Agradeço o seu interesse.
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