Curitiba em Vespa 2010 – coisa de louco!

setembro 09, 2010


Demorei a escrever novamente sobre este grande evento pois, mesmo incorrendo no clichê, me faltaram palavras. Ainda assim alguns dias depois não consigo descrever objetivamente o que aconteceu na capital paranaense. Trata-se de um sonho realizado para quem quase sempre roda sozinho no Rio. A primeira caravana fumacenta a gente nunca esquece. Ainda mais quando se está distraído com o passeio e o som de uma Lambretta Li ultrapassando consegue melhorar a paisagem que já é bastante bela. Curitiba tornou-se uma cidade mais alegre nestes três dias.


Entre idas e vindas compareceram mais de 45 Vespas e Lambrettas, unindo diversos clubes do sul e do sudeste no maior encontro interestadual do gênero que se tem notícia em décadas no Brasil. Um primeiro grande passo foi dado: excelentes lideranças, acúmulo de experiências para a organização, desmistificação de pegar estrada e a valorização dos clubes. Todos voltaram a suas localidades com o gostinho do próximo e faço votos que ele ocorra em breve. Os gaúchos já começaram a mobilização, prometo notícias em primeira mão aqui no Motonetas e Afins.


Um gaúcho radicado há 20 anos na Alemanha, Rolf Adam, veio nos contar que o Brasil tem um Vespa Clube registrado na Europa faz quase dez anos. Ele não se conformava em inscrever-se nos encontros do velho continente sem poder ostentar a bandeira brasileira e assim, - com mais amor do que razão - fundou em 2001 o Vespa Clube do Brasil. Recebeu o apoio da maioria absoluta dos presentes no último sábado e espero ver este emblema circulando em nosso país o antes possível. Tinha me prometido que os escudos de minhas Vespas ficariam imaculados até a refundação do Vespa Clube do Rio de Janeiro, mas com a perspectiva de uma entidade nacional a coisa mudou bastante de figura. Rolf, é hora de filiar os clubes brasileiros, assim a coisa ganha vida fora da Alemanha!


O saldo do Curitiba em Vespa 2010 para mim? Seja onde for não estou só ao rodar de Vespa, finalmente sou um entre muitos. Comungando de uma paixão que abre portas através de fronteiras, como testemunhou o colombiano Juan Montoya, afirmando que seus oito meses de estrada não seriam possíveis se seu veículo não fosse uma Vespa. A mística da motoneta clássica lhe confere nas pessoas uma empatia quase automática. E é verdade, até hoje só conheci boa gente andando de Vespa e de Lambretta. Celebramos a alegria de viver rodando em algo que tem a capacidade de abrir sorrisos por onde passa.


► Para mais fotos e informações sobre o Curitiba em Vespa 2010

[Fotos 2 e 3: Fernando de Joinville]

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3 comentários

  1. Parabéns pelo relato. Espero um dia conseguir ter uma vespinha para viver um pouco disso que você escreveu.

    Abraços.

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  2. cara q foto clássica a q vc fez do Itamar.

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  3. Leo,

    Vejo que o evento marcou, e que as faixas tiveram até utilizações inesperadas :)

    De facto, partilhar na estrada esse gosto pelas clássicas tem outro significado. Espero que esse movimento clubístico arranque mesmo e faça fumo no futuro.

    Um abraço,
    Vasco

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