Nova Lambretta CVT, será que os bons tempos estão de volta?

novembro 20, 2010


Já me avisaram por e-mail, redes sociais e até pessoalmente: obrigado caros amigos, mas mesmo não tendo dito nada por aqui, estava ciente que na EICMA em Milão foi apresentada ao público uma releitura de Lambretta com câmbio CVT. Só que do que venho lendo desde então há um certo tom festivo de retorno do filho pródigo, com muitos elogios e pouca informação, por isso gostei mesmo foi da opinião do português scooterista Vasco, que viu a motoneta in loco e que disse gostar do conjunto, mas torcer o nariz para o aspecto geral de plástico [leia mais no blog Offramp].

Uma coisa deve ser dita a respeito do tema "nova Lambretta", dado que ele não tem nada de inédito. Houve nos últimos anos nos EUA dois modelos de scooters chinesas (Uno e Due) com o nome Lambretta  e, na Itália, o grupo Motom vem comercializando a Lambretta Pato - cujo nome parece ser bastante adequado. A novidade presente é que desta vez não se trata apenas do nome ou emblema, complementarmente, a carcaça plástica também remete à mítica motoneta da Innocenti. Mas não se anime muito, parou por aí, a mecânica  (125 e 150 cc) é da taiwanesa SYM, a mesma empresa que fabrica para o nosso mercado a Dafra Citycom 300i.

Depois de dois parágrafos o leitor pode estar pensando como este blogueiro é rabugento, querendo atirar terra no novo sonho de consumo dos outros. Nada disso, trata-se apenas de colocar os pingos nos is, pois ainda há uma face genial em tudo isso. O caso é que na nova era CVT pode ser ressuscitada a encantadora e muito produtiva velha rixa entre Vespa e Lambretta, cuja competição industrial nos rendeu algumas das melhores scooters da história. E para começar o primeiro round a Lambretta desfecha um golpe baixo no guidão da Vespa, uma arte marcial bem dominada pelos chineses, a familiar imitação descarada. Basta observar a indiscutível semelhança entre o painel da Vespa GTS300 Super e da nova Lambretta; uma provocação e tanto.

Vespa GTS300 Super

Nova Lambretta

Há beleza em tão nobre ressurrecta polêmica, uma aura romântica toma conta, mesmo que reeditada em plástico asiático. Talvez os bons tempos possam estar volta.

[Foto: (1) Vasco Silva; (2) cyberscooter.it; (3) motoblog.it]

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2 comentários

  1. Bem observado Leo.
    Vivemos na geração 'Ctrl C + Ctrl V', o pensamento pequeno-burguês de expansão da marca baixou o nível. O objetivo é ganhar terreno, custe o q custar. Copiar e imitar virou cultura. Lamento o fato desses valores (ou falta de valores) estarem presente na cultura scooter de hoje, pois a grande lição histórica da Vespa/Lambretta está na liberdade individual, no respeito ao consumidor e principalmente na ORIGINALIDADE industrial.

    A geração 'Ctrv C + Ctrl V' é muita fumaça pra pouco fogo.

    Ótima postagem a sua. abs;

    Marcio Fidelis

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  2. Pois é Leo. Assino em baixo o seu post e o cometário do Fidelis. Sabe o que falta neles? Óleo 2 tempos!

    Abracos
    A.

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